SEMENTES DE LUZ - APOLONIO DE TIANA

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Aqui iniciamos uma série apresentando seres que foram verdadeiras sementes de luz, nos legando exemplo de sabedoria, humildade, amor ao próximo e dedicação à espiritualidade com liberdade.

 

Apolônio de Tiana (Apollonius de Tyana) – nasceu no ano 15 do Século I (depois de Cristo) na Turquia, em Tiana, na Capadócia e faleceu no ano 100 em Éfeso, Turquia.


Era um filósofo, de família abastada, herdou uma fortuna depois da morte do pai. Repartiu a sua herança com os parentes menos afortunados e reservou uma parte para si próprio.

 

Viajou por muitos lugares em busca de ampliar seus conhecimentos. Esteve na Índia, aprendendo com os brâmanes; esteve no Egito, na Etiópia e na Grécia, entre outros lugares.

 

Como filósofo ministrava palestras por onde passava, divulgando seu conhecimento, aumentando o número de seus seguidores e se tornando assim a cada dia mais famoso.


Naquela época o paganismo era muito forte entre os povos e o Cristianismo ainda ensaiava seus primeiros passos.

 

Influenciado por Pitágoras era vegetariano. Levava uma vida muito simples.


Como Pitágoras era também um apaixonado pela Matemática.


Opunha-se a qualquer tipo de sacrifício para agradar a qualquer divindade.


Afirmava que a Terra inteira correspondia a uma só pátria e que os homens deviam partilhar todos os bens que a Natureza lhes proporcionava.


Não cortava os cabelos e não usava calçado, andando sempre descalço.


Era dotado de grande facilidade de comunicação e transmitia seus conhecimentos e sua sabedoria por onde andava.

 

Seguindo o exemplo de Pitágoras, decidiu por 5 anos manter-se em silêncio, para voltar-se para dentro de si mesmo.


Era um ser altamente pacífico.


Seu magnetismo pessoal muitas vezes o levava a realizar situações conhecidas como “milagres”, aumentando assim sua fama. Além de curar, ele também realizava previsões e atuava afastando espíritos trevosos que perturbavam as pessoas.


Sua passagem pela Índia junto aos brâmanes foi de inestimável valor, conquistando a todos com seu magnetismo e simplicidade. Realizou várias curas consideradas milagrosas, curou cegos, enfermos de todos os tipos.

 

Era um profeta respeitado, predisse uma epidemia em Éfeso que dizimava a população e a comprovação deste fato aumentou ainda mais a sua fama.


Apolônio era um médium com poderes extraordinários além de um senso de justiça irrepreensível que lhe assegurava reconhecida autoridade moral.


Apolônio se transferia de uma cidade a outra apenas com seu poder mental.


Foi vítima de muitas acusações pelas curas e profecias que realizava.


Seus pensamentos influenciaram o pensamento científico na época.

 

Escreveu muitos livros e tratados sobre uma grande variedade de assuntos: Medicina, Ciência e Filosofia.


Sua influência perdurou do século I ao século V.


Antes de Jesus Cristo ser admirado e consagrado por seus milagres e curas, Apolônio era admirado por reis e poderosos assim como por uma multidão de pessoas muito simples.

 

Era um espiritualista numa época em que imperavam as crenças pagãs. Os pagãos ergueram estátuas em sua homenagem.


Embora as semelhanças entre Apolônio e Jesus fossem muito evidentes, a
Igreja Católica o acusava de praticar feitiçaria e charlatanismo e de ser um anti-Cristo.

 

Foi condenado por Nero e por Domiciano e escapou por meios “milagrosos”.


A principal fonte de informação sobre a sua vida foi registrada por Flávio Filostrato, chamada “a vida de Apolônio”, obra que foi salva e preservada pelos árabes e liberada ao conhecimento do mundo na versão em Latim em 1501.


Em 1680 os 2 dos primeiros manuscritos escritos por Filostrato sobre Apolônio de Tiana traduzidos para o Inglês foram lançados à fogueira pela Igreja Católica.

 

Novamente, em 1809 outra versão da biografia de Apolônio de Tiana foi escrita por E. Berwick, na Inglaterra e foi queimada pela Igreja Católica.