SEMENTES DE LUZ - PAPUS

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Papus – nasceu em 13 julho de 1865, na Espanha e faleceu em 25 outubro de 1916, na França. Seu nome de batismo era Gerald A. Vincent Encause. Seu pseudônimo Papus significava “médico da primeira hora”, inspirado numa obra do sábio da Antiguidade de Apolônio de Tiana chamada “Nuctameron”.

 

Foi médico, escritor, rosacrucionista, ocultista, cabalista, maçon, iniciado na Igreja Gnóstica. Era um entusiasmado pesquisador do ocultismo, da alquimia e da Cabalah. Naquela época a França vivia um forte florescimento esotérico.

 

Dos 17 aos 20 anos de idade destacou-se entre as sociedades filosóficas, passando a fazer parte da “Sociedade dos Filósofos Desconhecidos”, fundada por Louis Claude Saint Martin há mais de 100 anos. Influenciado pelos ensinamentos de Louis Claude de Saint Martin, fundou a “Ordem Martinista”, cultuando sem dogmatismo a “Eterna Verdade”, baseada em iniciações cabalísticas e filosóficas.

 

Aos 22 anos escreveu: “Ocultismo Contemporâneo”, um marco nas ciências ocultas na época. Aos 25 anos publicou também outras obras, como: “Tratado elementar das Ciências ocultas”; “Tarot dos boêmios”; “Tratado metódico das ciências ocultas”; “A Cabalah”; “Tratado elementar de magia prática”.

 

Com a intenção de reunir pessoas sintonizadas com os grande ideais da Humanidade e com temas ligados à espiritualidade fundou em 1889 o “Grupo Independente de Estudos Esotéricos”, mais tarde conhecido como “Escola Hermética”, onde se reuniam os mais famosos ocultistas da época, como Stanislas de Guaita, Barlet, Sedir, Maurice Barres, Victor Emile Michelet e outros nomes de pessoas dedicadas à evolução da Humanidade.

 

Criou também uma revista para divulgação de estudos e de textos sobre ciências ocultas e temas de ordem espiritualista. Paralelo às estas atividades, continuou exercendo a Medicina e publicou as obras: “Compêndio de Fisiologia Sintética” e “Anatomia Fisiológica e suas Divisões”.

 

Em suas pesquisas sobre curas viajou muito pela Europa, se encontrando com muitos curandeiros e médicos. Lia tudo o que lhe era possível nas bibliotecas por onde passava, sempre procurando expandir seus conhecimentos sobre o funcionamento do corpo, sobre ciências ocultas, Cabalah, alquimia, agregando estes conhecimentos a sua atuação como médico. As curas que realizava surpreendiam a todos: pacientes e companheiros de profissão.

 

Para diagnosticar o problema do paciente nem sempre precisava ouvir do paciente a descrição dos sintomas. Muitas vezes percebia com clareza o que estava acontecendo através do “campo astral” do paciente e aplicava uma “força vital” reequilibrando a psique e a fisiologia do paciente, curando-o através de técnicas energéticas orientais.

 

Estava convencido de que existem doenças de corpo (material) que deveriam ser tratadas através dos conhecimentos fisiológicos e médicos; doenças produzidas pela mente através do corpo astral e as doenças que eram produzidas pelo corpo espiritual deveriam ser tratadas através da oração e da magia.

 

Papus foi o grande precursor do conceito holístico de cura, sempre buscando encontrar a causa do desequilíbrio que envolvia os corpos sutis e o corpo físico. Ele acreditava que o paciente deveria participar da própria cura e o curador deveria participar apenas como seu guia na autocura. Papus também curava à distância através de algo que pertencesse ao paciente.

 

Seus diagnósticos eram precisos, mesmo à distância, pois fazia uso da clarividência e do desdobramento espiritual. Debruçou-se nos estudos da chamada “luz astral”, “Chi” para os chineses, “energia astral” para os adeptos do esoterismo e da sua influência sobre os diferentes tipos de corpos – corpos sutis e corpo físico e a influência da mente.

 

Faleceu aos 51 anos de idade deixando um legado de dedicação e ajuda ao próximo e ao estudo e divulgação das chamadas “ciências ocultas”.

 

Suas obras:

“Tratado elementar da Magia prática – Ed. Pensamento
” A reencarnação” – Ed. Pensamento
“O Ocultismo” – Ed. Madras
“Tarô dos Boêmios” – Ed. Martins Fontes
“ABC do Ocultismo” – Ed. Martins Fontes
“A Cabala” – Ed. Martins Fontes