SEMENTES DE LUZ - PILIPPE DE LYON

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Nasceu na França em 25 Abril de 1849 e faleceu na França em 02 agosto de 1905. Seu nome de batismo era Nizier Anthelme Philippe.

 

De origem humilde, operava curas desde os 13 anos de idade. Aos 14 anos mudou-se para Lyon, para a casa do tio, que era um açougueiro, ajudando-o nas entregas.

 

Desde pequeno sonhava em ser médico. Com muito esforço e muito trabalho

conquistou uma condição que lhe permitiu frequentar a Faculdade de Medicina.

 

Logo no inicio de seus estudos, cursando o primeiro ano da Faculdade, ressuscitou um paciente tido como morto pelos médicos que o acompanhavam.

 

Em visita à enfermaria os pacientes apresentavam melhoras apenas com o seu olhar.

Outros fatos surpreendentes como estes se repetiam com frequência, deixando todos surpresos.

Atendia aos pacientes humildes sem cobrar-lhes pelo seu serviço.

 

Como consequência, muitos o admiravam enquanto outros alegavam ser ele um charlatão. Foi expulso da Faculdade de Medicina com o argumento de que praticava bruxaria com os pacientes.

 

Em 1877 casou-se com Jeanne Julie Landar e tiveram 2 filhos: Albert e Victorie.  Com poucos meses de vida Albert faleceu vitima da varíola.

 

Em 1885 mudou-se para uma casa maior e reservou uma área para atender os pacientes que o procuravam em busca de cura.

 

Certa vez recebeu em seu consultório uma senhora que havia sido curada por ele quando criança. Trazia em seus braços o filhinho de menos de 3 anos diagnosticado com meningite tuberculosa. O diagnóstico previa morte certa em muito pouco tempo. Philippe de Lyon prometeu cura-lo, mas, impôs uma condição para isto, pedindo a todas as pessoas que se encontravam na sala de espera para não pensarem e nem falarem mal do “próximo” pelas próximas 2 horas. Levou a criança para uma sala reservada e 2 horas depois reapareceu caminhando de mão dada com a criança totalmente curada.

 

Diariamente, pela manhã e à tarde, fazia uma oração acompanhado de seus pacientes, em torno de 150 por dia. Segundo relatos de testemunhas, uma atmosfera luminosa se manifestava nestas reuniões.

Frequentemente ele dizia: – “Eu nada posso, só faço pedir a Deus e vós não podeis sentir alivio algum nesta sala, seja para vossas enfermidades ou para aliviar o fardo que tanto pesa sobre este triste mundo, se não fizeres algo para o Céu. Aquele que não realizou obras meritórias nada pode esperar, da mesma forma que não podeis sequer ser escutados”.

 

Muitas vezes os médicos recomendavam a seus pacientes procurarem-no, com a única intenção de desmoralizá-lo. Mas, na maioria das vezes ficavam surpresos com a cura instantânea dos pacientes e do que relatavam após a consulta.

 

Certa vez, um paciente de postura arrogante, começou a desafiá-lo em voz alta manifestando duvida da sua capacidade de curar . Philippe de Lyon convidou-o a acompanhá-lo a uma sala reservada e lhe questionou: – “Porque em tal dia, em tal lugar, você estrangulou aquela mulher?” O homem caiu de joelhos suplicando-lhe que não o denunciasse à Polícia. Ao que Philippe lhe respondeu: – “Não te denuncio com a condição de mudar de vida e seguir a sua religião”. E o homem se retirou às lágrimas.

 

Assim, aos poucos, muitos médicos foram se aproximando e se tornando seus parceiros e admiradores.

Dizia ser apenas um seguidor dos ensinamentos do Cristo e que atuava sob um forte sentimento de amor, compaixão, perdão, prática do bem, da humildade, da misericórdia e da bondade pregados por Jesus.

 

Muitas vezes atuava evitando uma tentativa de suicídio, de assassinato, evitando uma intenção destrutiva.
Para ele o que levava aquela pessoa a cometer qualquer delito era a ignorância e o desconhecimento de influências visíveis e invisíveis.

 

Certa vez, curou à distância o filho de um juiz que estava morrendo, apenas com a palavra. Havia curado o filho do juiz que pela manhã o havia condenado por exercício ilegal da Medicina e charlatanismo.

 

Sua filha Victorie casou-se aos 20 anos com Enmanuel Lalande (com o pseudônimo de Mar Haven) medico, esoterista, grande místico e escritor. Tornou-se também mais um companheiro e discípulo de Philippe de Lyon.

 

Victorie faleceu alguns meses após seu casamento. Philippe de Lyon ficou muito abalado com sua morte, mas, conformou-se em seguida, dizendo :

– “Nada posso fazer. Pedi a Deus uma alma pura e Ele me deu. Um ser como ela não teria nada mais a fazer neste mundo.”